AUTO ESTIMA - Viés “Amor próprio”
Na realidade, a autoestima é composta por três "ingredientes": o amor a si mesmo(a), a visão de si mesmo(a) e a autoconfiança. A boa dosagem de cada um desses três componentes é indispensável para a obtenção de uma autoestima harmoniosa. ESSES três componentes da autoestima entretecem geralmente laços de interdependência. Neste artigo postarem a primeiro componente “Amar a Si Mesmo(a) (Respeita-se diante de qualquer circunstancia, ouvir as próprias necessidade e aspirações),
Facilita, sem duvida alguma, uma “Visao positiva de se mesmo(a)”( acreditar na sua própria capa-cidade , projetar-se no futuro) , que, por sua vez , influencia favoravelmente a “Autoconfiança” ( agir sem temer de forma excessiva o fracasso e a opinião dos outros).
O AMOR A SI MESMO(A)
É o elemento mais importante Estimar-se implica avaliar-se, mas amar-se não está sujeito a nenhuma condição: amamo-nos a despeito de nossos defeitos e limites, fracassos e reveses, simplesmente porque uma pequena voz interior nos diz que somos dignos de amor e de respeito. Esse amor a si mesmo(a) "incondicional" não depende de nossos desempenhos. Ele possibilita que consigamos resistir à adversidade e nos recompor após um fracasso. Não impede nem o sofrimento, nem a dúvida em caso de dificuldades, mas protege contra o desespero. Sabe-se hoje, e mais adiante voltaremos a falar sobre isso, que o amor a si mesmo (a) depende em grande parte do amor que nossa família nos ofertou quando éramos crianças e dos "alimentos afetivos" que nos deram. "Minha maior gratidão em relação aos meus pais", diz UMA PACIENTE em terapia, uma artesã de 42 anos, "é que eles me deram a convicção de que eu era uma pessoa de bem. Mesmo quando os decepcionava - e foi o que aconteceu em minha adolescência, quando joguei os estudos e fiz um monte de besteira, sempre senti que nunca deixavam de me amar, que estavam convencidos de que eu chegaria a dar um rumo à minha vida. Isso não os impediu de me repreenderem quando necessário, mas nunca tentaram me incutir a ideia de que eu não servia pra nada.”
As carências de autoestima que têm sua fonte nesse nível de convivência são, sem dúvida, as mais difíceis de tratar. São encontradas nas pessoas em que os psiquiatras identificam aquilo que chamam de "distúrbios da personalidade", ou seja, pessoas cuja maneira de lidar com os outros leva-os geralmente ao conflito ou ao fracasso. É o caso, por exemplo, de uma professora de 31 anos, também paciente que esteve em terapia por 5 anos: diz ela "Nunca consegui encontrar alguém que compartilhasse a vida comigo. Assim que atingimos certo grau de intimidade, dizia ela, começo a me sentir ameaçada. Não sei do que tenho medo. Com certeza, não é de perder a liberdade, pois não faço nada de interessante com ela. Como não me amo, parece-me impossível que outra pessoa possa sentir amor por mim. Torno-me paranoica com os colegas, tenho a impressão de que alguém concorda em ficar comigo só por causa do sexo; um outro, que está desempregado, só por causa do meu apartamento; e outro ainda, enfim, simplesmente porque ele mesmo não sabe o que quer. Mas viver comigo por amor é algo em que não consigo acreditar. Entro literalmente em pânico. Na minha cabeça, eu não o mereço, nunca estarei à sua altura e acabarei lhe causando uma decepção.”
Amar a si mesmo (a) é realmente a base da autoestima, seu componente mais íntimo e mais pro-fundo. Todavia, nunca é fácil discernir dentro de uma pessoa, além de sua máscara social, o grau exato de amor que ela tem por si mesma.
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