sexta-feira, 1 de março de 2024

VISÃO DE SI MESMO(A) – O segundo pilar da Auto-Estima

 VISÃO DE SI MESMO(A) – O segundo pilar da Auto-Estima

Na realidade, a autoestima é composta por três "ingredientes": o amor a si mesmo(a), a visão de si mesmo(a) e a autoconfiança. A boa dosagem de cada um desses três componentes é indispensável para a obtenção de uma autoestima harmoniosa. ESSES três componentes da autoestima entretecem geralmente laços de interdependência. Neste artigo postarem VISÃO DE SI MESMO(A) – O segundo pilar da AutoEstima

O olhar que se lança a si mesmo(a), essa avaliação, fundamentada ou não, que se faz das próprias qualidades e dos próprios defeitos, é o segundo pilar da autoestima. Não se trata apenas de auto conhecimento; o importante não é a realidade dos fatos, mas a convicção que se tem de ser portador de qualidades ou de defeitos, de potencialidades ou de limitações.

Nesse sentido, é um fenómeno em que a subjetividade desempenha o papel principal; sua observação é difícil, e sua compreensão, delicada. E por isso que uma pessoa complexada - cuja autoestima normalmente é baixa - com frequência deixará perplexo um grupo de colegas, por exemplo, que não percebe os defeitos de que ela se acha portadora. "Visivelmente", declara uma mãe sobre sua  filha mais velha, "nos não a vemos com os mesmos olhos que ela. Minha filha não nao para de dizer que se acha feia. Eu, porém, tenho a impressão de ter uma filha de 16 anos bonita e inteligente, e é dessa maneira os nossos amigos também a veem. Quando tentamos discutir o que assunto com ela, é como se não falássemos a mesma língua." 

Quando positiva, a visão de si mesmo (a) é uma força interior nos permite esperar nossa hora apesar da adversidade.

O general De Gaulle não precisou ter uma poderosa autoestima para lançar, de Londres, a conclamação de 18 de junho de 1940, quando a França desmoronara por completo diante do invasor? A visão de seu destino pessoal se super-punha com felicidade àquela que ele tinha "alguma noção da França"... Se, ao contrário, tivermos uma autoestima deficiente, uma visão de nós mesmos limitada ou medrosa nos fará perder tempo antes que encontremos o nosso "caminho". Foi o que aconteceu a uma Paciente: "Quando penso", relata essa estilista - MARIENE de 45 anos , "que perdi dois ou três anos tentando fazer medicina e farmácia, só porque meu pai havia insistido, enquanto tinha verdadeiro horror a isso! Na época , eu sabia que essas duas carreiras não me agradavam e que minha vocação era m artes. Mas eu não estava suficientemente segura quanto ao meu êxito nessa área. Tinha medo de me sair mal”. Esse olhar que lançamos sobre nos mesmo , nos o devemos ao nosso circulo familiar e, em especial, aos projetos que nossos pais idealizam para a gente. Em certos casos, o filho é encarregado inconscientemente pelos pais de fazer aquilo que eles não puderam ou souberam realizar na vida . E o que se costuma chamar de “filho incubido de uma missão”. Uma mãe que tinha sofrido grandes privações de ordem financeira incitará sua filhas a só se relacionarem com rapazes de famílias abastadas.

Um pai que tenha fracassado nos estudos fará tudo para que o filho se matricule em uma escola conceituada. Tais projetos são legítimos, desde que a pressão sobre os filhos não seja muito forte eleve em consideração seus desejos e capacidades. Do contrário, será uma tarefa impossível para a criança, que será vítima de sua incapacidade para realizar a grande visão que seus pais acariciavam para ela. O fato de não levar em conta as dúvidas e as inquietações de um filho pode criar dentro dele, posteriormente, uma profunda vulnerabilidade da autoestima. Ouçamos LUCAS, um estudante de 21 anos: "Sempre tive medo de desapontar meus pais. Meu pai não fez curso superior, por razões que nunca compreendi muito bem, já que todos todos os seus irmãos e irmãs conseguiram os seus diplomas. Mas ele queria que eu fosse superior em tudo. O primeiro na escola, nos esportes, tocar piano, fosse líder com as amiguinhos, esta bem mais vestido nas festas; ele sempre me tratou como minhas capacidades fossem ilimitadas. Isso me estimulou e sustentou durante muito tempo, lembro-me de ter sido um garoto brilhante, alvo de admiração. E sentir que isso dava prazer aos meus pais também me agradava. Só que eu ficava muito ansioso, com medo de fracassar. E ainda hoje sou assombrado pelo temor de decepcionar o meu pai. De tanto sentir que ele acreditava em mi, acabei me convencendo de que eu era digno do que há melhor. Estou em uma grade universidade, só paquero garotas bonitas, de boa família, penso que terei uma posição uma posição social elevada. Mas essa visão daquilo que mereço não me livra do medo excessivo de fracassar: sou extremamente suscetível e, quando não o que quero, fico doente. No fundo, sou grato, a meu pai por haver desenvolvido em mim essa convicção de merecer o melhor e de ser capaz de alcança-lo. Falta-me ainda, contudo, uma força interior, uma calma para resistir à adversidade. Ainda não tenho a certeza de estar à altura de todos esses projetos que ele sonhou para mim. Será que isso virá com a idade?"

 Em outros casos, uma visão de si mesmo limitada levará o indivíduo à dependência de terceiros: podem-se estabelecer relações satisfatórias mas a pessoa se limita ao papel de seguidor, pisando em terreno já explorado por outro. Tem-se dificuldades em construir e levar a bom termo projetos pessoais . “Meus pais’ , conta o paciente, “ me amararam e e me deram toda afeição de que eu precisava. Mas DEVEM ter falhado em algum detalhe. Nunca tive coragem de ser eu mesma. Tenho a impressão de haver passado minha vida seguindo os outros, a esperar que me fizesse um sinal e dissessem: ‘ o caminho esta livre, não há problema , pode vir’. Por exemplo , eu fiz os mesmos cursos que o meu melhor amigo de ginásio. Na faculdade, eu saia sempre com as garotas com quem ele tinha acabado de terminar. Se ele tivesse se divorciado, eu teria sido capaz de me casar com a ex- mulher dele… Em relação à faculdade, por exemplo, penso que poderia ter estudado engenharia se tivesse ousado. Em vez disso, contentei-me com um certificado de técnicas comerciais; não por gosto, mas por causa do medo de fracassar. Em meu ambiente de, é um pouco parecido me censuram por minha falta de ambição, por não enxergar longe, apesar de minhas qualidades. Por sinal, foi o que aconteceu com meus pais; meu pai penou a vida inteira em um emprego desinteressante, minha mãe sacrificou sua carreira de professora, de que gostava, para ficar em casa cuidando dos meu irmãos e de mim






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