domingo, 3 de março de 2024

Conflitos conscientes: a emoção briga com a moral

 

CONFLITOS CONSCIENTES É qualquer problema em que a moralidade seja relevante. Inclui não apenas conflitos entre razões morais, mas também conflitos entre razões morais e razões legais, religiosas ou relacionadas com o interesse próprio. Pode referir-se também a qualquer área temática em que não se sabe o que é moralmente bom ou certo

O termo consciência, em seu sentido moral, é uma habilidade, capacidade, intuição, ou julgamento do intelecto que distingue o certo do errado. Juízos morais desse tipo podem refletir valores ou normas sociais (princípios e regras).

Um dia deste, estava eu e minha esposa na de sala, ela vendo o seu programa preferido na TV e eu sentado lendo e pensativo, talvez olhando não sei pra onde! De repente minha esposa me pergunta! Tais sentindo alguma coisa? Como sempre respondo não; mas não fui convincente ela exclama! Eu te conheço, então eu respondo! To angustiado. E comecei a fazer a reflexão, tá aí a reflexão. “Conflito conscientes, as emoções brigam com a moral”

Todo animal, em determinadas circunstâncias, tem o seu corpo carregado de energia. Por exemplo: um cachorro está roendo um osso, vem outro cachorro e tenta pegar o osso.

Para se defender, o primeiro cachorro se arma de uma forte energia, que o faz pular no pescoço do outro, morder, atacar.

Outro exemplo: um cachorro vê de repente passar perto dele uma cadela no cio. Ele se enche de uma carga de energia e vai copular com a fêmea.

Nós também sentimos isso. Eu estou roendo o meu osso profissional e vem um sujeito que quer o meu osso. Eu sinto a mesma carga de energia que o cachorro sente. Então, nesse sentido, nós somos animais iguais aos outros.

Mas, ao contrário dos outros animais, nós temos também uma parte que diz se vamos ou não colocar aquela carga de energia para fora, quando e como vamos fazer isso. Então, eu estou amando e alguém tenta roubar o meu objeto de amor.

Uma carga muito grande de energia apodera-se de meu corpo e eu fico com raiva. Outra situação: estou andando à noite na rua, ouço passos atrás de mim, olho e não vejo ninguém. Meu corpo se enche de uma carga de energia, eu sinto medo. Ou, ainda, eu me sinto atraído por alguém e me carrego de energia afetiva ou sexual. Essa energia se chama impulso.

Mas a gente não sente a carga de energia, sente o seu representante psíquico: a emoção. Acontece que esse impulso, essa emoção - raiva, medo, tesão - o conflita com uma coisa que os outros animais não têm, chamada consciência moral. Esse conflito é absolutamente

constante no ser humano. Cada vez que entro numa situação de conflito, isto é, cada vez que meus impulsos entram em contradição com minha consciência moral, eu tenho angústia.

A palavra angústia vem do latim "angor", que quer dizer aperto. Quando estou dividido entre duas coisas, igualmente importantes para mim, sinto um aperto no coração, nos brônquios, um nó na garganta, e não consigo dar a última respiradinha. Então, eu suspiro para tentar abrir os brônquios, tenho uma suspirose. É totalmente diferente da ansiedade. Ansiedade é o que sinto quando tenho de chegar a algum lugar e o trânsito me impede ou a luta por um futuro incerto. Dá raiva, e eu bufo. O angustiado suspira, o ansioso bufa, está cheio de ar.

Temos bons remédios para ansiedade, depressão, tensão, insônia, excesso de sono, tudo. Só não existe remédio para a angústia. A única coisa capaz de deter a angústia é uma opção. Se você tomar uma atitude, escolher, agir, a angústia se dissipará instantaneamente. E, depois de escolher, você entra em frustração. Não tem saída: ou você está angustiado, ou está frustrado. Dividiu, angustiou. Escolheu, frustrou. Mas frustração não adoece? Ou adoece! Eu prefiro me frustrar

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