quinta-feira, 21 de maio de 2015

RELACIONAMENTO PAIS E FILHOS - DIREITOS E DEVERES

Cansados de lutar!!! Os pais falam.

" Se soubesse que o mundo se desintegrasse amanhã, ainda assim plantaria minha macieira" Martinho Lutero


Ser pai ou mãe é o maior ato de coragem que alguém pode ter, por que é se expor a qualquer tipo de dor, da incerteza de ter agido corretamente e do medo de perder algo tão amado. Perder? Como? Não é nosso! Foi empréstimo de Deus.

Direitos dos pais x filhos

Cansado de lutar, este foi um desabafo de um casal - pai e mãe.

" Estou cansado de ouvir dos direitos dos meus filhos. Eles têm direito, é claro e é inegável. Mas mesmo assim, estou cansado por que não se fala com a mesma ênfase e frequência dos deveres deles (crianças e adolescentes) e até dos que moram conosco com idades acima de 25 anos.

Também estou cansado de ouvir pessoas - muitas delas sem ter filhos, isto significa, que nunca andaram com as nossas sandálias - Estas pessoas acusam, culpam, levanta suspeita sobre as ações dos pais! Como se, diárias voluntariamente, estivessem os pais, não se desdobrando, como vejo, para fazer o melhor possível - ainda que ninguém seja perfeito, e erre às vezes na medida - mas, por algum desígnio inexplicável, cometendo erros atrás de erros, felizes da vida....
E por que estamos cansados? Porque luto, a mais de 20 anos na educação de meus filhos, estamos buscando ajuda de educadores, psicólogo, de pastores e estudo sobre o assunto, estamos nos esforçando, lutando, dando o melhor de nós. Entenda - me há sim exceções! Casos tristes. Mas seguramente não são maiorias. A maioria está ai na luta brigando contra tudo e contra todos para dar o melhor aos filhos. Estamos cansados, a sensação  é que só temos deveres.  
Também estamos cansados, porque desde sempre defendi a correspondência de que a cada direito corresponde a um dever. E, o que ouvimos e vemos, muitas vezes dentro de casa, é tão somente colocações de deveres dos pais e....direitos dos filhos. 
Estamos cansados, porque existem pessoas que vivem responsabilizando os pais, como se todos fossem potencialmente irresponsáveis ou perigosos, nunca os vi procurando nada além do que os pais fizeram de errado ou do que os deixaram de fazer para, em vez disso, e com mais cautela e generosidade , verificar se não haveria talvez outras explicações para os problemas que surge amiúde  na relação familiar atualmente."

Analisando este relato, e a experiência que tenho nesta área e os diversos relatos de pais em consultório, passou na minha mente uma questão que poderia considerar e que seria plausível. E me fiz as seguintes perguntas: a primeira pergunta foi, quem sabe os problemas da relação pais e filhos não terem origem, pelo menos em parte, estarem hoje as crianças, os adolescentes  e os jovens pensando apenas nos seus direitos  e esquecendo ou mesmo achando que não tem deveres e responsabilidades, na mesma proporção que direitos. Outro ponto que pensei foi a possibilidade dos pais estarem, por seus turnos, atemorizados pela culpabilidade interminável que eles se faz, encolhidos  por isso mesmo no seu canto, arqueado ao peso de tanta responsabilização; não estariam esses pais imobilizados e fragilizados, enfim?

Sim, é verdade, estes pais estão acuados pela tirania da culpa imposta na sociedade que estão vivendo. E digo a estes pais! Pais vocês tem o direito de decidir se quer ter direitos e deveres ou apenas deveres. E, a partir daí, viver uma linda experiência de relacionamento e amor, ao educar e criar seus filhos para a cidadania e a produtividade ou tornar cada dia de suas vidas um verdadeiro e infindável tormento. Sim, porque o pai que dá ao filho todos os direitos, e não exige em correspondência deveres e responsabilidades, terá filhos assim pelo resto da vida. Afinal, eles vão adorar  fazer tudo o que querem é ter a quem responsabilizar em seu lugar.

Pais, vocês tem o direito de dizer não, sem ter que dar mil explicações, basta duas ou três, quando o filho sentir que algo não está dentro de suas possibilidades. Ter muito dinheiro e gastar como o filho quer não é obrigação dos pais; os filhos têm que entender que o dever do país é amar, proteger, dar educação, cuidar da saúde física e mental, ser justo, verdadeiro, coerente e disponível. Os pais podem dizer não, sem medo de errar, frustrar ou traumatizar, quando o filho estiver fazendo algo que prejudica a outros, fere as leis, a ética, a saúde, ou causa mal a qualquer ser vivo;

Os pais tem o direito de exigir que os filhos estudem direito, cumpram as tarefas que a escola passou e, só depois de tudo muito bem - feitinha é que  pode  brincar, ver Tv, etc; porque pai e mãe sabe que estudar é fundamental. Os pais tem direito de conversar com os filhos sobre quaisquer assunto que considere fundamental para a educação e a orientação dos filhos - tais como uso de droga, sexualidade, estudos, bebida, fumar e etc. Mesmo que o filho diga que não quer, ou que já sabe de tudo, os pais pode conversar e os filhos deve ouvir;

Os pais podem avisar ao filho que não espere viagens ao exterior, nem caros, se passar de ano ou para a faculdade. Pais que têm direitos, sabe que não é obrigado a proporcionar luxos e que, pelo contrário, pode ser bem danoso para seu filho não ter que lutar por nada, ou ser premiado por algo que só traz benefícios a ele próprio ( passar de ano, por exemplo);

Os pais tem o direito de cortar a mesada, a internet, a TV, ou o que julgar mais apropriado, se os filhos não estiverem cumprindo seus deveres e mais,  tem o direito de estar presente na festa de aniversário que ele próprio organizou para o filho ou filha adolescente, porque sabe que mico é ter medo  de filho. Pais tem o direito de está na festa do filho, sabe porque? Por que ele vai verificar como as coisas estão ocorrendo, porque ele quer que tudo corra bem, de que não haja problema, nem brigas, nem drogas,  bebedeira, etc.

Os pais tem o direito de entrar no quarto do filho, claro tem que bater, porque é certo e ensina aos filhos. Quarto de filho não é cofre, nem local de acesso proibido. Ele tem o direito de entra porque ele é o responsável pela casa e por tudo que acontece com o filho até 18 anos ou quando dependa dele. Pais legais entra para ver o filho e o que o filho faz, pois quem não deve não teme e o filho não tem nada a esconder e nem o direito de proibir algo a seus pais, que os amam, sustenta e orienta. Isso não é invasão de privacidade como os adolescentes hoje dizem;

Pais tem o direito orientar, de opinar sim, não escolher, o namorado do filho ou da filha adolescente e jovens. Muitas vezes os filhos estão  apaixonados e não consegue enxergar a melhor escolha.

Em fim pais, vocês tem direitos, basta exerce - los!!!

Outro relato interessante a ser observado - A declaração é de um casal         ( pai e mãe ) em análise.

" Estamos frequentemente sendo confrontados pelos meus filhos, um de 15  ( menino) e outro com 17 ( menina) com frases assim: ' Só eu que não posso ir à boate para  maiores de 18 anos. Todos os meu amigos usam documento falsos, que é que tem demais? Só vocês não deixa !!!' Ou ' só eu não posso faltar ao colégio quando tem dia imprensado, todo mundo enforca e vão com a turma para praia acampar' ou ' só eu tenho hora para chegar em casa', ou ' todo mundo saem depois das 23:00hs, só eu que tenho que chegar meia noite' como eu fosse Cinderela!! E ainda concluem com uma frase que me deixa extremamente triste e insegura: eu queria era mesmo ser filho do fulano, ele sim que é legal, eles deixam até beber! Lá pode tudo aqui é uma droga, não pode nada!" O que devo fazer?

Pais tem o direito de conversar, explicar e responder aos seus  filhos. Não sou o pai ou mãe de seus amiguinhos. Os pais tem o direto de explicar o certo e o errado das indagações e dizer não com ênfase de sim !!! Os filhos tem que entender a realidade financeira de seus pais, seus valores, religião, etc.

Pais que diz sim, a tudo que os filhos questionam e que acham que é bom para eles. Quando estiverem adultos e casados, acham que tem o direito de dizer: "o pai do meu amigo deu uma apartamento a ele para eles morarem e o pai da minha amiga deu um carro, esses são pais e que são legal!" E ainda concluem: não é cobrando não! viu. Frente a todos estes questionamento pais estão inseguros e amedrontados, e filhos cada vez mais exigentes. Junto a tudo isso a influência extremamente forte dos meios de comunicação de massa, incentivando o consumismo e a adoção de valores materiais e imediatistas, poderemos, sem dificuldades alguma, compreender a situação em que se encontra esse ou aquele pai ou mãe.

Inseguros, eles( pais ) mesmos questionam-se! Será que meu filho não está certo? Será que os meus valores não estão obsoletos? Será que meu filho não será o bobão da turma? Será que estou dando a minha filha instrumento corretos para viver na sociedade atual? Ai onde está o grande problema! Perseguido por essa nova onda de insegurança, os pais começam a deixar as coisas correrem, mais frouxas. Isto é, se seu filho exige um carro porque fez 16 anos, sente-se na obrigação de ceder, já que o argumento é meus colegas dirige com 16 anos. Tem pais que se endivida para atender o que hoje, muitos dizem ser direito dos filhos. É direito dos pais - não dos filhos - decidirem se querem ou não conceder determinados luxos aos filhos. É necessário que os pais analisem se é benéfico ou não dar aos filhos tudo o que querem e pedem.

Relação pais x filhos - tem solução!

Crescer sem preparo para lidar com os limites e obstáculo que a vida impõe é tão perigoso quanto crescer  oprimido pelo pai-patrão!


Um dos primeiros aspectos que me despertou para o problema em questão foi perceber que muitos pais hoje em dia têm sérias dificuldades em estabelecer limites para os filhos, e em dar fim às discussões nas pequenas questões simples do dia-a-dia. Nisso são completamente diferentes dos pais da geração anterior. Independentemente do nível de conhecimento e cultura, muitos pais com os quais tenho conversado no meu consultório tem-se mostrado incrivelmente incapazes de exercer sua autoridade junto aos filhos. Alguns, mais do que outros, parecem temer exercer essa autoridade. Em determinados momentos, estas forma de agir, longe de melhorar as coisas, torna-se as relações complicadas e desgastantes.
De maneira geral, parece-me que as mães apresentam esse tipo de dificuldades em maior grau que os pais( figura paterna ), da mesma forma que as mães que trabalham fora, por sua vez, tendem a apresentar essa síndrome mais acentuada.
Sem saber como agir diante da nova relação de força, os pais abandonam a postura excessivamente rígida anterior, o que foi sem dúvida um avança para melhorar a relação. O problema é: como encontrar a medida certa entre o sim e o não? Dizer um não com evidência de sim! Como é comum os pais procurarem livros de auto-ajuda e as dificuldades de interpretar corretamente os aspectos técnico do livro e não exibir regras, os pais ficam paralisados diante das situações vividas.

Dialogar com os filhos, dar liberdade, estimular criatividade etc. torna-se corrente e tem grande receptividade das escolas com tendências liberal renovada progressista, das comunidade em geral e os entre os pais.  Da mesma forma porém que na escola tais ideias foram interpretada de forma literal ( radical) o mesmo ocorreu com os pais, que passaram a crer, talvez sem muita consciência disso, que qualquer limitação devia ser evitada a qualquer custo, sob pena de não serem país modernos, ou de estarem podando ou castrando a potencialidade dos filhos.
Os pais parece ter desaprendido, por exemplo, como dizer um simples não de forma convincente, quando precisam negar alguma coisa aos filhos. Na maior parte das vezes, esse não soa com ênfase de sim.
As coisas não foram fáceis para os nossos pais, não. As crianças não mudaram. São e serão insistentes quando querem alguma coisa, não se iludam na fase da adolescência aumenta as insistências. Foram os pais que mudaram: antes eles tinham certeza do que pretendiam em relação aos filhos e, por isso mesmo, não davam possibilidades de tanta discussão acerca de coisas simples como: hora de dormir, hora de comer, de chegar em casa, de estudar e brincar etc. Todas estas questões, que coisas definidas e definitivas para os pais da geração anterior, não são mais hoje. Se esta atitude eram benéficas ou não, é questionável! Vamos ver. O que observo  é que isso tudo não ocorreu como escolha, como decisão pessoal; se assim fosse, poderíamos até achar que houve realmente uma mudança significativa de postura. Na verdade, o que está acontecendo? Na medida em que os pais acham que não pode pôr limites nos seus filhos, em nada, que a criança e o adolescente precisa de diálogo, de muitas explicações, até porque esses pais são produtos de uma geração que lutou por esse tipo de valores, eles procuram dar aos seus filhos muito mais liberdade do que tiveram.
Entretanto, estes pais, estão insatisfeitos na pratica. Por quê? Porque, observados na sua relação com as crianças e os adolescentes , percebe-se que agem movido não por uma convicção interior, e mas pelo que julgam ser moderno. Deixam as crianças e adolescentes fazerem tudo, não limitam nada. É claro, que depois de algum tempo, quando o limite de sua paciência se esgota , tentam dizer NÃO. Voltar a traz o desgasta, pensam os pais, será pior e aí que a bola de neve aumenta. Muitas vezes, tem vontade de limitá-los  desde o início, mas só o fazem quando estão exauridos , quando não aguenta mais. É assim que é estimulado a uma criação de um círculo vicioso em que os filhos, percebendo sua força, passam a repetir o mesmo comportamento em outras ocasiões. Ocorre que estas outras ocasiões podem, por exemplo, envolver perigo ou urgências e, então, os filhos habituados a ter sempre muitos sins, cria verdadeiras batalhas ao ouvir um não. Assim criamos uma geração de crianças e adolescente, e futuros adultos que não pode ser contrariados. E depois se tornam, donos das verdades, violentos e desrespeitosos  com autoridades.

Pensando no enfoque do filho, poderíamos perguntar, como é que pode pretender que ele entenda essas mudanças? Por que antes podia e agora não pode? Fica difícil compreender e, portanto, aceitar.
Chega ser  impressionante a dificuldades de alguns pais em definir uma série de coisas simples como hora de dormir, de comer, tipo de programa, hora de ficar na internet, hora de chegar em casa a noite, tempo para namoro, etc. Fica claro que eles gostariam de estabelecer esse tipo de regra, mas alguma coisa no seu íntimo os impede. Na verdade, o grande problema consiste  no fato de os pais não saberem mais se é ou não correto deixar ou não deixar, fixar ou não fixar padrões e regras de comportamento. Frequentemente, quando chegam a fazê-lo, o fazem em momento de descontrole, o que é contraproducente. Mesmo assim, no momento seguinte voltam a ceder às pressões dos filhos porque não estão imbuídos da certeza necessária à efetivação pratica de qualquer ato. O que preocupa é perceber claramente que esta pratica não os satisfazem. Parece que eles se obrigam a um tipo e comportamento, mas, dá a ambiguidade do seu posicionamento, não conseguem mantê-lo por muito tempo. Na verdade, a impressão que nos dar é que eles ( pais ) se obrigam a um comportamento no qual não acreditam verdadeiramente, mas que se impõe, porque lhes parece ser a forma   atualmente  correta de educar. Ah, como certos pais gostariam de ter a corajem, sem culpa, de dizer coisas como: Vá dormir agora; eu sou uma pessoa que também tem direitos; vou escolher ver a TV no canal que nos seja do meu interesse; hoje vocês não vão sair, porque que vai sair sou eu com meus amigos; hoje não quero ser interrompida quando estiver conversando com amigos; hoje vou ao cinema com sua mãe e vocês não iram chorar e se espernear porque também que ir; hoje vou receber visita e vocês deverão ficar no quarto ou no salão de festa do prédio e não quero ser interrompida com brigas com amigos ou seu irmão. Se você achou absurdos estes exemplos, parabéns! Você não faz partes dos pais inseguros e perdidos com criação de filhos. Na verdade muitos pais estão perdendo espaço na relação com filhos e são verdadeiros escravos.
A confusão de sentimentos é tão grande que praticamente  estão se anulando com indivíduo. As informações recebidas através dos meios de comunicação e veiculadas de forma sublimar nos círculos sociais contribuem para paralisar os pais, para diminuir sua independência e capacidade de julgamento. Todas as coisas podem parecer altamente prejudiciais à liberdade, à democracia em que pretendem criar seus filhos. O medo o impede de agir e eles próprios não ter consciências de até onde age porque assim o desejam ou por temerem cecear o potencial dos filhos.
A culpa que lhes advém por uma admoestação mais severa é tão grande que, Frequentemente, procuram evitar outras situações semelhantes, partindo para atitudes totalmente contrárias às que gostariam de ter. Tem sempre, no íntimo, que estejam errando, frustrando os filhos. A passar esse tipo de ansiedade, de situação de culpa, muitos pais preferem ceder aos desejos e exigências dos filhos, mesmo quando discordam da situação. Pareceu-lhes menos aflitivo ceder aos caprichos dos filhos do que amargar depois o sentimento de culpa.
O que é preciso considerar e que ninguém consegue viver todo tempo se enganando, fingindo estar agindo corretamente quando não está. Mesmo porque, mas dificuldades e pressões  do mundo, que são a realidade de todos nós, exigem certo tipo de organização. Ceder a todas as necessidades ditas infantis é completamente impossível e descabido. Por exemplo, o tempo dos filhos jovens  é diferente do tempo dos adultos. Em geral, os adolescentes e crianças, não tem pressa, faz as coisas por prazer de momento, são imediatistas e imprevisíveis, sãos os donos da verdade.

É frequente presenciar cenas mais ou menos semelhantes a que se seque: estávamos em shopping; em determinado momento uma mãe e uma criança, mais ou menos uns 12 anos,  que saia de uma loja e de repente o menino disse a sua mãe , olha o tênis que eu quero é aquele, que é igual ao do meu amigo, meu amigo tem porque eu não posso ter, a mãe explicou de voz baixa o seguinte: o que podemos compra não é o que você quer mas o que o que o dinheiro que temos pode pagar! Nada mais natural: é muito gostoso presentear a um filhos com aquilo que  eles desejam e o fazer feliz. Ver nosso filho sorrir e compartilhar com ele e o que toda mãe ou todo pai deseja.
Acontece, porém que neste dia a mãe explicou ao filho dizendo: "não temos o dinheiro para comprar estamos passando por redução de gastos e não podemos fazer gastos extras", estas foram a explicação, resumida e em vos baixa, dada a criança. Acredite dava para ouvir, já que a situação não permitia a mãe perceber que estava em lugar público. Só que o filho não aceitava os argumentos e ameaças, choros, zangas, gritos foram atitudes que se alternaram. Como sempre fizeram e farão as crianças e adolescentes. É muito comum, dada a própria imaturidade, que não se conformem de pronto frente a uma negativa. Mas neste caso, e aqui sim, diferentemente de outras épocas, o que tenho visto é o seguinte: ou os pais obedecem prontamente ( há filhos que sabem realmente educar os pais) ou, após algumas desculpas infrutífera os pais acabam cedendo, para não serem envergonhados terminam cedendo para não passar por situações constrangedora. Quando isso ocorre, em geram, os pais costuma buscar desculpas , pois percebem claramente que perderam a batalha. Ao cederem, às vezes sentem-se até aliviados, até felizes, pois é grande e clara a satisfação que o filho demonstra. Enganam-se os pais que pensam que a alegria do filho é eferente ao fato de o pai ou mãe ter, finalmente ter comprado o presente. Na verdade, o prazer infantil advém, naquele momento, da vitória que obteve, do fato de sentir-se mais forte que o pai ou mesmo a mãe. Infelizmente trata-se de um alívio fugaz: a experiência mostra que esta satisfação é apenas aparecimento. A ela seguir-se-ão outras e novas exigências, para que o controle alcançado possa continuar a ser exercido. Na realidade, agindo assim, estão apenas estimulando seus filhos a voltarem a insistir sempre, porque a insegurança que eles (pais) deixam a criança ou o adolescente perceber faz com que se redobre a necessidade de buscar segurança pais seguros, que não referende a premissa de que eles podem ser dominados. Em suma, quanto mais nos mostramos inseguros, quanto mais os pais dão motivos para que os filhos nos vejam como pessoas que realmente não acreditam no que fazem, mais eles terão necessidade de agir de forma a investigar e derrubar este tipo de suspeita, porque somos nós(pais) que lhes damos segurança  e, portanto, se eles nos veem como pessoas inseguras, eles também se tornam inseguros. As crianças e os adolescentes querem e precisam sentir segurança nos pais, porque disso depende a sua própria.
Atender à um filho e natural e bom. O que não pode é a total submissão / dominação de um pai ou de uma mãe por um filho. Os adultos, quando assim agem, o fazem impulsionados pela ideia é que não se deve ser exigente , rígido ou taxativo com crianças. Pais! Uma coisa é atender a um filho porque ele precisa de amor, alimento, calor, segurança. Mas o próprio item "segurança" ficará desatendido se os pais passarem a fazer todas as vontades filhos sempre, mesmo que não haja qualquer justificativa real para isso, a não ser a própria insegurança.

Espera-se dos pais que eles, adultos, tenham suficiente equilíbrio e bom senso para perceberem a hora em que uma negativa tem um efeito pedagógico muito mais eficaz do que todas as vontades que se lhes façam. Se a criança está testando os seus limites, comportamentos que acontece este os primeiros anos de vida e se estende até a juventude, podendo ocorrer nos adultecentes, é bom que os pais estejam intelectualmente e emocionalmente preparados para mostrar claramente quais são esses limites. Sentir limites é para as os filhos uma questão de segurança - é uma necessidade básica. Não estabelecer limites é uma opção que um pai e uma mãe pode fazer. Mas é importante que, se o fizer, o faça sabendo que, ao contrário do que possa parecer, é também através dos limites que a criança e o adolescente  percebe que alguém se preocupa com eles e a protege, apesar de reagirem! O limite faz com que os filhos percebam que tem alguém preocupados com eles e os protegem. O limite faz com que eles percebam também que esse alguém é um alguém forte, que sabe e tem segurança do que faz. Os limites mostram direitos e deveres de ambas partes e é com estes valores que se pode construir uma relação equilibrada, saudável e democrática, apesar de existir  filhos que ainda confundem limites a autoritarismo.
Pensem bem, se os pais se mostram inteiros, com direitos e deveres, poderiam mostrar que eles também têm direitos e deveres. Somente com direitos e deveres ambas as partes poderá construir uma relação equilibrada, saudável e democrática. Os pais podem e devem revelar suas vontades, desejos  e insatisfação de modo claro e direto, exatamente como sempre fazem as crianças. Sem medo que estas revelações possa prejudicar  a formação dos filhos. Ao contrário, a relação só irá estreitar laços entre pais e filhos, porque, sendo autênticos, os pais farão menos sacrifícios inúteis nunca percebidos. Pais que fazem sacrifícios, esperam ser notados por quem recebe e inconscientemente vão contabilizando essas doações, esperando algum tipo de retorno que, muitas vezes não vem, assim sendo devemos fazer doações que queiramos fazer. Com isso, os filhos nos conhecerão não apenas com "meu pai" e " minha mãe".
Aqui não estou defendendo qualquer postura autocrática dos pais , uma volta ao passado, uma relação em que os filhos não Tina espaço para dialogar. Absolutamente. O que defendo são situações em que os pais fazem coisas ou tomam decisões apenas porque lhes faltam perspectiva , porque  estão inseguros, sem respostas, sem caminho, ou porque, embora conta a sua vontade, acreditam que ele agir assim.

Em suma,

Os pais que se submetem ao absolutismo das demandas dos filhos em detrimento de suas necessidades como pessoas vão se sentir inevitavelmente  lesados e acabarão cobrando por isso, para depois caírem na pior armadilha dos sentimentos: a culpa. Culpa esta que , numa relação simbiótica – esta sim neurótica -, se transfere aos filhos, esses eternos devedores da abnegação e sacrifícios paternos.
Os pais deve entender que autoridade é legitimo. Que educar é assumir a responsabilidade de estabelecer limites, que o importante é não fraudar suas verdades( auto sabotar) e sentimentos, que ser democrático , na sociedade e na família, é garantir equidade, compartilhar oportunidades de desenvolvimento para os filhos, mas também para os pais.