terça-feira, 5 de março de 2024

Codependência e Vicio Relacional - SINDROME DA COITADINHA


Codependência e vicio relacional

Codependência é uma condição psicológica ou uma relação na qual uma pessoa é manipulada por outra pessoa com problemas emocionais ou físicos. Isso acontece quando alguém se torna extremamente dependente do outro.

Comumente a pessoa assim menospreza suas próprias necessidades e se preocupa de forma excessiva com as de outras pessoas. A codependência(síndrome da cuidadora) pode acontecer em qualquer tipo de relacionamento: na família, no casamento, no trabalho, em amizades ou na vida em comunidade. A pessoa codependente pode ser caracterizada por negação, baixa estima, conformismo excessivo, e por assumir responsabilidade pela vida de outros, mantendo certos padrões de controle.

Pessoas com dependência emocional (pessoas centradas em si mesmas de forma exagerada nos seus problemas) são ímãs naturais para a pessoa codependente ou quem tem síndrome da cuidadora. Alcoólatras, pessoas com dependência química, pessoas com dependências financeiras e que tem dificuldades de se estabelecer financeiramente, personalidades vitimista e adultos imaturos, e outros distúrbios emocionais, geralmente têm pelo menos uma pessoa codependente lhes apoiando em seus vícios. Estas dão cobertura aos seus deslizes, problemas e pecado. A pessoa dependente não conseguiria se manter em sua dependência sem a ajuda da pessoa codependente. Isto se aplica ao vício do ativismo também.

A codependência é muito difícil de ser quebrada. Normalmente a pessoa codependente foi criada assim, com mãe ou pai ou irmão doente emocional ou fisicamente, e anda assim há décadas. Essa atitude requer mudanças profundas internas. Normalmente também requer um processo significativo de restauração.

Na codependência, uma pessoa encontra seu significado ou bem-estar através de apoiar e cuidar de uma pessoa dependente de algo não saudável. O exemplo mais clássico é a esposa de marido alcoólatra que o protege das consequências de sua doença, ate mesmo mentido, para que ele não perca emprego, relacionamentos, reputação. Mas uma dependência doentia pode ser emocional ou pode ser outro vício, seja químico ou comportamental (como o vicio de ativismo, de compras , de não saber dizer não etc. Na codependência, as pessoas estão presas umas às outras, uma para continuar sua dependência doentia e a outra para sentir-se valorizada no seu papel “heroico”, mesmo nutrindo raiva, amargura e atitude de vitima. Em contraste, na interdependência, ambas são livres e, dentro dessa liberdade, escolhem compartilhar suas vidas e decisão.

Como distinguir a codependência da realidade de que dependemos de outras pessoas o tempo todo e no casamento, sem dúvida, mais do que outro relacionamento? Como evitar codependencia e vivenciar interdependência? Um dos segredos é distinguir entre necessidades saudáveis e doentias. Qual a diferença?

Necessidade doentia são negadas, mascaradas e reprimidas. Elas são as bases para alguém manipular outras pessoas para sentir-se satisfeito, dominando-as e invadindo as suas vidas. Paul Tournier afirmou certa vez que os “fracos dominam o mundo , pois eles manipulam os fortes para cuidarem deles”!

Necessidade saudáveis são reconhecida, admitidas, confessadas e ate celebrada. Estão sob controle; não dominam o relacionamento. As pessoas não sentem vergonha dessas necessidades, ciente de que são normais e que não existe ser humano sem necessidades.

Codependência é fruto da inabilidade de manter e nutrir relacionamentos saudáveis com os outros e consigo mesmo. Nos relacionamentos codependentes não existe a discussão direta dos problemas, expressão aberta dos sentimentos e pensamentos, comunicação honesta e franca, expectativa realista, individualidade e confiança nos outros e em si mesmo. Ao reconhecer padrões codependentes em nosso relacionamento, precisamos confessar isso a Deus e procurar ajuda de outras pessoas para quebrar estas tendencias ou fortalezas .

Se uma pessoa percebe que é codependente( possui a síndrome da cuidadora), os seguintes passos podem ajudar a se curá-la, principalmente se você tiver algum transtorno de ansiedade.

1. Firme sua identidade em Jesus. Descubra quem você é - independente da pessoa mais importante em sua vida ( Ef 1.17-20).

2. Recuse-se a ser um facilitador; não tolere relacionamentos tóxicos, que fazem mal para você.

3. Deixe as outras pessoas sofrerem as consequências de suas ações.

4. Não procure dar cobertura a elas nem se responsabilizar por elas e pelos problemas que são delas.

5. Ajude-o dentro dos seus limites e disponibilidades. Ajude sim, se a pessoa pedir e ela não sabe resolver.

6. Reconheça e comunique seus limites.

7. Aprenda a estabelecer limites saudáveis. Não resgate outras pessoas. Aprenda a dizer não e sustente esse não.

8. Defina o que é e o que não é sua responsabilidade.

9. Abrir mão de dar conta das expectativas dos outros.

10. Procure pessoas que possam apoiar você nestes passos e ajudá-lo a se firmar neles (Mt 26.36-46;Мс 10.17-31)

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