Comportamentos recorrentes
São 5 os comportamentos recorrentes (isto é, que sempre ocorrem nas relações familiares e que aparecem reproduzidos numa constelação), de acordo com Bert Hellinger.
Compreender os comportamentos recorrentes é idemficar que:
- Existem práticas reiteradas, que as pessoas repetem nas suas formas de compreender e se relacionar;
Frequentemente estamos sujeitos à essa ação do nosso inconsciente, uma vez percebida essa situação, com o tempo, podemos nos colocar em harmonia sistêmica.
Emaranhamento
Quando algo acontece e não é completamente processado dentro de um sistema, há a possibilidade de que outra pessoa dessa família reviva a situação de forma a trazer para um movimento de solução.
Essa identificação geralmente ocorre de forma inconsciente, o que ocasiona dificuldades para a pessoa que revive o problema e para todo o sistema.
Por exemplo, o sofrimento de um avô pode ser revivido por um neto. Isso pode não ser de forma direta: o sofrimento pode ser de outro tipo, exatamente por ser inconsciente.
O jovem perguntou: ‘Que devo fazer, para me tornar o que você foi?’ O Velho respondeu: ‘Seja’!
(Provérbio oriental)
Esta é uma mensagem que pode nos trazer diversas reflexões, embora pareça bem simples. O velho, com sua sabedoria da vida, responde ao jovem que ele apenas deve ser. Mas nem sempre é tão simples quanto parece. Ser o que somos, de forma real e autêntica, pode ser mais dificil do que se imagina.
Além disso, é necessário ter em mente que o desejo do jovem é ser o que o Velho foi. Nesse contexto, a autenticidade do jovem deve ser ofuscada para que aquilo que o outro foi seja replicado.
Nesse contexto, é fundamental que possamos ser o que somos. Se você passar a vida toda tentando ser o que seus pais foram ou o que alguém quer que você seja, não será nem uma coisa nem outra.
Apenas seja. Seja você mesmo.
2. Tomar
A constelação traz a importância de se tomar o que flui da nossa rede familiar, como os pais, por exemplo. Tomar significa o movimento solidário de querer tomar para si os benefícios e as dores de um sistema familiar. A ação de tomar é que estabelece a conexão entre os membros.
3. Amor à beira do precipício
“Os pais dão aos filhos aquilo que eles próprios são”
Bert Hellinger
Por amor ao nosso sistema, muitas vezes repetimos dificuldades e histórias de nossa família. Via de regra, nós o fazemos sem reconhecer isso. O papel do constelador é interpretar essas relações e ver os cenários em que o amor extremo está colocando os membros (especialmente aquele que “ama”) a uma condição de beira do precipício, nas palavras de Hellinger.
Isso acontece em uma tentativa inconsciente de reviver e resolver o problema de outros integrantes de nosso sistema. Esse amor infantil, que não percebe a diferença entre “eu” e “outro”, muitas vezes nos coloca em perigo pela simples identificação do amor.
4. Aceitação
A aceitação consiste em ver a realidade e lidar com ela.
A noção de respeitar a hierarquia é uma forma de aceitação. A noção de evitar um amor à beira do precipício, também.
Muitas dores são superadas quando se compreendem suas origem e se identifica o que pode o que não pode ser feito para alterar o contexto.
Algumas vezes, a dor desaparece com o constelado assumindo para si a responsabilidade de resolver um problema (ou, ao menos, vê-lo de outra forma); outras vezes, a dor desaparece quando o constelado identifica que as causas dos problemas vão além de suas forças.
“Quem recuar diante da realidade como ela é por ter o desejo interno de que ela fosse diferente, enfraquece”
(Bert Hellinger)
Esta mensagem nos leva a refletir a respeito daquilo que queremos que seja a realidade. Ela nem sempre será aquilo que gostaríamos ou supúnhamos. Contudo, devemos aceitá-la como ela é, pois caso contrário, vamos ficar mais fracos.
O importante é enfrentar a realidade tal qual ela se apresenta e não passar a vida toda lamentando a forma como ela é. Assim, ao enfrentarmos a vida tal qual ela se mostra, estaremos encarando os problemas de frente e buscando soluções para ele. Com certeza essa é uma postura muito mais produtiva do que apenas ficar se lamentando.
5. Honrar
A honra a outras pessoas do sistema está em reconhecer o papel de cada um para que a vida fosse passada adiante.
Respeitosamente nos curvamos, mostrando nosso tamanho menor e agradecimento ante aquele que nos precedeu
“De nossos pais temos tudo: O que somos e o que nos falta”
(Bert Hellinger)
Esta mensagem realça a importância que nossos pais têm em nossa vida e como deles herdamos grande parte do que somos. Assim, é através do que eles nos dão ou também da falta do que nos deveriam ter dado que formamos nosso caráter e nossa personalidade.
Assim, aquilo que temos e também aquilo que falta em nós, é um produto dos nossos pais. Daquilo que eles nos deram ou não. Nesse contexto, se vê a importância fundamental dos nossos pais na nossa vida como um todo e não apenas na infância.
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