Para a teoria da Constelação familiar, a maior parte das angústias pessoais, assim como os problemas de relacionamento, são resultado de confusões nos sistemas familiares, que ocorrem quando incorporamos em nossa vida o destino de outra pessoa viva ou que já viveu no passado.
A pessoa pode querer, inconscientemente, suprir uma falta, um desprezo ou uma violência do passado. Para isso, ela pode assumir o lugar da figura omissa ou agressora. Isso pode ser feito:
- Por semelhança: repetindo comportamento, pensamentos e falas; ou
- Por oposição: buscando “redimir” o antepassado com atos opostos aos deles.
Ambos os caminhos podem ser dolorosos:
- Pela semelhança, o membro mais novo vai repetir o círculo vicioso de males.
Ex.: o membro pode querer repetir o contexto de omissão ou agressão contra seus descendentes, por achar que tal comportamento é “normal”;
- Pela oposição, o membro mais novo vai introjetar a culpa e vai exercer sobre si uma cobrança excessiva por ser bom, ou por fazer aquilo que seu antecessor não o fez.
Ex.: o membro cujo pai foi negligente pode acabar sendo super protetor, ou recair em excesso de trabalho na visão de que, assim, suprirá seus descendentes com os bens materiais que lhe faltaram.
Por esses caminhos, podemos acabar por repetir o destino dos membros familiares que foram excluídos, esquecidos ou não reconhecidos no lugar que pertencia a eles.
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