sábado, 31 de outubro de 2015

O QUE É ANSIEDADE? Inata ou Adquirida

A ansiedade não esvazia o sofrimento do amanhã, mas esvazia a força do presente, o hoje. 


Na abordagem psicanalítica analisamos a ansiedade como uma sensação virtualmente presente em qualquer pessoa e funciona como importante sinal de alerta, ou seja, todos os indivíduos possuem ansiedade em maior ou menor grau. Tornando-se patológico caso traga prejuízos significativos na vida do indivíduo.
Por exemplo, é normal quando um indivíduo apresenta uma palestra ou um seminário que se sinta ansioso alguns minutos antes de iniciar, porém, quando a ansiedade apresenta prejuízos na vida tais como:  insônia, taquicardia, calafrios, sudorese, falta de ar, tremores e etc. Podemos analisar que é necessário uma intervenção psicoterapêutica (psicólogo) e psiquiátrica(médico psiquiatra) .

O QUE É ANSIEDADE?

Ansiedade é um mecanismo de defesa(uma resposta de defesa), é uma reação ao perigo percebido. Ansiedade é um "aviso", um alerta que nosso corpo emite, de que algo não está bem, que há algum perigo percebido, real ou não, interno ou externo.
A ansiedade em níveis exagerados passam a não mais nos proteger mas a paralisar diante de coisas que não merecem tanto medo,


" O assassinato, assim como o talento, às vezes ser de família " , ironizou o escritor vitoriano G. H. Lewes. Se estivesse falando sobre a ansiedade, Lewes poderia ter- se permitido um pouco mais de certeza. De fato, ao que parece, a ansiedade é de família. Por exemplo, uma pessoa propensa a ansiedade grave provavelmente tem um pai ou uma mãe - e mesmo uma avó ou avô - com o mesmo problema.
Por quê? Nós herdamos a ansiedade através de Genes, ou a aprendemos com nossos parentes mais próximos? Os níveis de ansiedade estão gravados biologicamente em nossos circuitos neurais, ou são produtos das experiências de vida, isto é, de nosso meio? Ao longo dos anos, ambas foram estudadas por especialistas. A seguir procuramos descrever a origem da ansiedade e responder se é inata ou Adquirida.

ANSIEDADE TEM  CONTRIBUIÇÃO GENÉTICA ?


Todos nós estamos familiarizado com o termo gene, e a maioria das pessoas sabe que os genes estão envolvidos na transmissão de característica de país para filho. Mas, para além disso, podemos ficar um pouco confuso. Então, o que exatamente são os genes?

Vamos ver: cada célula em nosso corpo contém 23 pares de cromossomos, que são estruturas compostas de ácido desoxirribonucleico, chamados DNA,  e outras substâncias bioquímicas. Uma de cada par e herdado da mãe e o outro do pai. Cada cromossomos, em cada célula, milhares de genes - essencialmente, molécula de DNA estendidas - que contêm as regras biológicas que determinam o nosso desenvolvimento.  Com a exceção dos gêmeos idênticos, a composição genética de cada indivíduo é diferente.

Como podemos saber se os genes são responsáveis pela ansiedade ou por qualquer outra característica? Um ponto de partida razoável é o histórico familiar. No entanto, embora essa estratégia possa salientar uma similaridade entre membro de uma mesma família, não nos ajude a decidir se essa similaridade ou agregação familiar é resultado dos genes ou do meio. Afinal, as famílias costumam ter em comum uma boa parte de ambos.

Dito isso, certos tipos de família fornecem aos estudiosos no assunto uma importante maneira de desfazer o nó gene/meio. Essas famílias são as que têm gêmeos idênticos. Os fraternos se desenvolve a partir de óvulos separados, dai o termo técnico dizigóticos, que foram fertilizados por espermatozoides, diferentes. Como todos os irmãos, os gêmeos fraternos tem 50% de genes em comum. Os gêmeos idênticos  ou monozigóticos , por outro lado , resultam da fertilização, por um único espermatozoide, de um óvulo que posteriormente se divide em dois. Em consequência, sua composição genética é exatamente a mesma. Se um transtorno de ansiedade, por exemplo, tem mais probabilidade de ser partilhado por gêmeos idênticos do que gêmeos fraternos, podemos ter quase certeza de que a diferença é resultado de fatores genéticos.
Quase certeza, mas não certeza absoluta, porque gêmeos idênticos pode ter mais experiência em comum do que gêmeos fraternos, embora que o meio exerça influência similar em ambos os tipos de gêmeos. É aqui que entram os estudos sobre adoção. Imagine, por exemplo, que gêmeos idênticos foram separados no nascimento é destinados a família  adotivas diferentes. ( É claro que isso não é algo que ocorre todos os dias; mesmo assim, acontece e tem sido estudado por geneticistas comportamentais)
Cada um dos gêmeos é criado com seu irmão adotivos. Porém, apesar de partilharem do mesmo ambiente familiar durante a infância, quando avaliados na idade adulta, os gêmeos e seus irmãos adotivos têm níveis de ansiedade diferentes. Há, entretanto, uma correlação significativa entre os níveis os dos irmãos gêmeos, apesar do fato de que eles nunca se encontrariam, e entre os níveis dos gêmeos e os de seus pais biológicos. Entre os níveis de ansiedade dos gêmeos e os de seus pais adotivos não há correlação. Estudos desse tipo é difícil realizá-los, sobretudo gêmeos idênticos são relativamente raros.
No caso de ansiedade, as pesquisas indicam que os genes exerce um papel. Todos se sentem ansiosos de tempos em tempo; dificilmente seríamos humanos se não fosse assim. Contudo, a frequência, a intensidade e a duração de nossos episódios de ansiedade são parte de nossa personalidade.
Os psicólogos e psicanalistas chamam de neuroticismo está predisposição à ansiedade algo que todos temos em maior ou menor grau. Estima-se que a hereditariedade do neurocetismo é em torno de 40%. Os transtornos de ansiedade são, em parte, hereditários - em torno de 20 a 40%. As pesquisas mostram que alguns dos estilos de personalidade típica de pessoas com problema de ansiedade - por exemplo, a tendência a interpretar acontecimentos ambíguos como potencialidade perigosos ou uma hipersensibilidade às mudanças fisiológicas desencadeada pela ansiedade - também são em  parte hereditários. O que significa hereditariedade? Para o caso acima não significa que 40% das diferenças dos níveis de neuroticismo de uma pessoa é necessariamente resultado da genes. O que significa é que em torno de 40% das diferenças nos níveis de neuroticismo em toda a população pessoa provavelmente têm origem genética. Portanto, a hereditariedade não nos diz nada a respeito de casos individuais; só é relevante para grandes amostras estáticas. O resultado das diferenças entre as pessoas são produtos de fatores associados ao meio.

ANSIEDADE TEM A CONTRIBUIÇÃO AMBIENTAL?

Por mais importantes que seja os genes para a experiência de ansiedade, o meio faz uma contribuição ainda mais significativa. Como vimos, as pesquisas indicam que os fatores genéticos determinam até 40% da hereditariedade da ansiedade - o que significa que o meio responde por 60% ou mais. Então, quais são os fatores de risco ambientais para o os transtorno de ansiedade?
Ainda é pouco sabido sobre como as experiências da idade adulta contribuem para o problema. Em vez disso, o foco incidiu em experiências da infância, e quatro em particular: trauma e outros acontecimento perturbadores; estilo de criação dos pais; estilo de apego e aprendizado.

Porém, antes de examinar em mais detalhe esses quatro fatores, lembramos que nenhum deles é causa determinante de transtorno de ansiedade. Por exemplo, muitas pessoas sobrevivem a uma infância traumática sem desenvolver problema de ansiedade, e muitas das que sofrem deu-me um transtorno de ansiedade tiveram uma infância relativamente feliz. Como vimos com relação aos genes, o processo de causalidade é muito mais complexo, e na verdade pode envolver uma interação complexa entre componente genética e experiência de vida.

Traumas e outros acontecimentos perturbadores como fatores que geram ansiedade

Inúmeras pesquisas mostram que crianças expostas a experiências traumáticas ou desagradáveis, como bullying ou provocações, conflitos domésticos, abuso físico ou sexual, ou morte de um dos pais têm maior risco de desenvolver transtorno de ansiedade.
O psicoterapeuta e sua equipe Murray Stein pesquisaram 250 adultos canadenses, metade dos quais haviam sido diagnosticados com transtorno de ansiedade e metade ( grupo de controle ) selecionado de forma aleatória  entre a população da cidade. Eles verificaram que 15,5% dos homens e 33,3% das mulheres com transtorno de ansiedade haviam sofrido abuso físico quando criança em comparação a 8,1% do grupo de controle. De maneira similar, o o abuso sexual infantil era muito mais comum entre as mulheres com transtorno de ansiedade(45,1%) do que entre mulheres do grupo de controle ( 15,4%).
Perguntar por esses tipos de experiências resultam em problemas de  ansiedade pode parecer redundante. Não é de supreendentemente que crianças que foram espancadas ou sofreram abuso sexual tornarem más medrosa do que a média. Logo, assim como com todos os fatores genéticos ou ambientais que contribuem para a ansiedade, não há nada de inevitável nesse processo. Muitas crianças sofrem traumas aterradores e, ainda assim, não desenvolvem transtorno de ansiedade.
 Para os casos que resultem em transtorno de ansiedade, os psicoterapeutas e psicanalistas tentaram identificar os padrões de pensamento e comportamentos subjacentes. Afirmou-se, por exemplo, que crianças que não receberam os cuidados de que necessitavam forma opiniões sombrias  a respeitos de se mesmo e de outras pessoas. O mundo pode parecer um lugar perigoso, e elas talvez não tenham fé em sua capacidade de lidar com ele.
Paralelamente, em perspectivas diferente, os neurobiologos assinalaram que animais expostos a estresse prolongado sofrem mudanças permanentes no celebro, o os torna especialmente suscetíveis a ansiedade. Talvez essas primeiras experiências de vida provoquem uma mudança similar nas crianças.

É UM ESTILO DE CRIAÇÃO?

Os problemas de Ansiedade não são apenas de pais abusivos ou negligentes. Pais que tentam controlar o comportamento dos filhos com demasiado rigor - possivelmente por um desejo de protegê-los - podem sem querer, enviar a mensagem de que o mundo é um lugar perigoso. Eles também roubam da criança a chance de descobrir que, de modo geral, elas é capaz de lidar com os problemas que encontra.

Quando os psicólogos/ psicanalistas solicitam que adultos ansiosos e não ansiosos falem sobre infância, os adultos ansiosos tendem a descrever os pais como super protetores ou controladores. É claro que as memórias nem sempre são confiáveis. No  entanto, existem alguns estudos observacionais com crianças que corroboram essas descobertas. Um estudo, por exemplo, pediu a crianças clinicamente ansiosas e não ansiosas que resolvessem uma série de problemas difíceis. Os pais presentes sabiam a solução, mas eram aconselhados a "se envolver somente se a criança realmente precisar". Logo ficou claro que os pais de crianças ansiosas tinham muito mais probabilidade desse intrometer do que dos outros pais. Agora, se essa tendência a controlar comportamento da CRIANÇA se revela em um contexto relativamente inofensivo, como seria em situação em que o risco potencial é maior?
Embora este é outro estudo indique uma associação entre pais superprotetores ou controladores e a ansiedade da criança, eles não ajudam a explicar a questão da causalidade. Em vez de produzir ansiedade nas crianças, esse tipo de atitude por parte dos pais talvez seja a resposta à ela. O tipo de pesquisa que poderia responder essa pergunta, avaliar pais e filhos durante anos, e não,em um momento específico, é bastante raro. Contudo, os que existem apontam para uma interação entre temperamento da criança e o estilo de criação do adulto ( pais ou cuidadores).
Um estudo descobriu que era possível prever o nível de medo de uma criança pequena examinando a frequência com que esta, quando bebê, recebeu colo da mãe quando não precisava de ajuda. Porém, isso só era verdade com relação às crianças que quando bebês ficavam muito irritados ao se depararem com pessoas ou situações novas. Dai que a superproteção dos pais pode ser uma reação ao nervosismo inato da criança, mas uma reação que exacerba esse nervosismo - o que, por sua vez, desencadeia comportamentos ainda mais protetora e controladores por parte do adulto.

É UM ESTILO DE APEGO ?

Um ponto de vista alternativo sobre as relações entre pais e filhos e sua influência sobre a ansiedade e fornecido pelas pesquisas sobre o estilo de apego.

Os recém-nascidados tendem a não estar muito preocupados com quem está proporcionando-lhes o cuidador a atenção de que necessita. Como você talvez tenha notado, eles normalmente gostam de ser passados de um adulto a outro, mesmo que nunca os tenha conhecido.

Isso tudo muda entre os sete e os nove meses de idade. Aos poucos, o bebê desenvolve um apego - definido por Jerome Kagan como " uma relação emocional intensa que é específica a duas pessoas, que perdura por muito tempo e em que a separação prolongada do parceiro e acompanhada de estresse e tristeza" - a pessoa em particular. Em geral essa pessoa e a mãe, porque é ela que quem costuma cuidar da criança a maior parte do tempo, mas pode ser uma outra pessoa esse papel, exemplo: a babá, a avó, enfim uma cuidadora que passe muito tempo cuidando da criança. O bebê chora quando a mãe vai embora, isso é conhecido como ansiedade de separação, e se agarra a ela quando pessoas estranhas estão por perto, a chamada ansiedade diante de estranhos.
John Bowlby ( 1907 - 1990 ), afirmou o desejo de apego e inato: somos geneticamente programados para formar esses vínculos porque eles representam nossas melhores chances de sobrevivência. Bowlby acreditava que nada é tão importante para o futuro bem-estar de um indivíduo quanto essas primeiras relações.

É possível ter uma ideia um tanto confiável do estilo de apego de uma criança do usando a técnica da "situação estranha" concebida por Mary Ainsworth ( 1913- 1999) nos anos 60.
A situação estranha começa com o pesquisador recebendo o bebê - normalmente por volta de um ano de idade - e a mãe na sala onde o experimento será realizado. O pesquisador sai, e o bebê fica livre para explorar os brinquedos chamativos espalhados pela sala. Alguns minutos depois, um estranho entra. No início, o estranho fica em silencio, mas depois de um o dois minutos começa a conversar com a mãe; depois, cumprimenta a criança. A mãe sai; três minutos depois, ela volta e o estranho sai. A mãe deixa o bebê sozinho por alguns minutos antes de o estranho reaparecer. Então a mãe retorna, o estranho sai, e o experimento termina.

O que é crucial é a reação do bebê à ausência  e ao retorno da mãe. Crianças com apego seguro ficam felizes em explorar a sala enquanto a mãe está presente, mas ficam pouco incomodadas quando ela sai e alegres quando quando ela volta. Crianças com um apego de estilo ansioso- resistente grudam na mãe, não importa o quão chamativos sejam os brinquedos espalhados pela sala, e ficam perturbadas quando ela sai. Embora a criança ansiosa - resistente corra para a mãe quando ela volta, ela empurra a mãe, ou mesmo bate nela.

A criança ansiosa-evitaria, por outro lado, tende a ignorar  a mãe quando ela está por perto  e a não se preocupar muito quando ela sai. Quando a mãe reaparece, recebe o mesmo tratamento indiferente de antes.

Em um estudo notável, os psicólogos e psicanalistas entrevistaram 172  jovens de dezessete anos, todos os quais haviam passado pela avaliação da situação estranha aos doze meses de idade. Eles descobriram que os bebês que haviam manifestado  um estilo de apego ansioso - resistente apresentaram uma tendência maior a desenvolver o transtorno de ansiedade. Porque isso acontece? Em geral, o comportamento ansioso resistente reflete as tentativas da criança de lidar com uma criação marcada por atitudes inconsciente e imprevisíveis por parte dos pais, em que o tipo e recepção que elas têm depende totalmente do humor  da mãe ou do pai no momento . Possivelmente esse estilo de criação incute uma sensação de insegurança na criança, fazendo- a temer que ninguém vira em seu socorro se ela tiver algum problema. Em conseqüência disso, a criança está sempre em alerta para o perigo. Talvez também exista uma sensação de que o comportamento da mãe ou do pai é reflexo da insignificância da criança e, por implicação, de sua incapacidade de lidar com desafio e perigos.

Você pai, você mãe talvez tenha notado que as crianças ansiosas-evitarias nesses estudo não apresentaram maior risco de desenvolver transtornos de ansiedade posteriormente. Esse tipo de apego costuma ser produzido por pais que ignoram a criança com frequência. Talvez essas crianças aprendam a controlar a ansiedade que esse tipo de criação pode desencadear desenvolvendo uma independência protetora. Ao contrário das crianças ansiosas-resistente, que as vezes podem encontrar carinho e proteção nos pais, as crianças ansiosas -evitavas percebem que não tem outra escolha senão cuidar de si mesma.

É um Aprendizado ?

Muitos dos nossos medos são aprendidos? Sim, e não só com o que acontece conosco, mas também com as pessoas à volta - seja com base no que elas nos contam explicitamente ou no modo como se comportam. Para a maioria das pessoas, ninguém é mais influente do que os pais, embora, sem duvida, também possam aprender com outros adultos importantes e com seus pares.

A capacidade instintiva de uma criança para aprender com os pais foi demonstrada em um experimento realizado pelos psicólogos Friederike Gerull e Ronald Rapee que eles mostram a trinta crianças pequenas uma cobra de borracha verde e, em seguida, uma aranha de borracha roxa e estudaram suas reações. Enquanto os brinquedos eram mostrados , as mães das crianças foram orientadas a reagir de modo feliz e encorajador ou de modo assustado e repulsivo.

Mas tarde, a cobra e a aranha foram mostradas mais algumas vezes as crianças , mas nessas ocasiões a reação das mães foi absolutamente neutra. Os psicólogos observam que era possível prever como uma criança reagiria ao brinquedo quando o visse novamente, porque ela imitava a reação inicial das mãe. Se a mãe havia fingido medo, a criança ficava assustada.

Por outro lado, se  a mãe se mostrava calma  e feliz, a criança reagia da mesma maneira. Esta pode ser uma lição útil para pais preocupados. Embora os filhos possam copiar os comportamentos negativos dos pais, eles também podem aprender mensagens positivas. Os pais podem ajudar seus filhos a superar a ansiedade mantendo uma atitude otimista e tranquila com relação aos problemas da vida em geral e às situações que elas, crianças, consideram assustadoras em particular.

A  Ansiedade para Freud

A ansiedade está ligada com a expectativa que possui o individuo, ansiedade por algo. O pai da psicanálise, Sigmund Freud, classificava a ansiedade em três tipos: Realística, Neurótica e Moral. Sendo elas: A realística seria o medo de alguma coisa do mundo externo (por exemplo: punição dos pais).  A ansiedade moral seria aquela que decorre do medo de ser punido (sentirei culpa se fizer o que estou querendo fazer). E a ansiedade neurótica que é o medo inconsciente, não se sabe qual é o objeto. Esta ultima ocorre devido a natureza perturbadora e assustadora, cuja consciência não possui estruturas no momento, porém quando é analisada a ansiedade se torna realista ou moral.


Na teoria freudiana, o ego do indivíduo desenvolve uma proteção contra a ansiedade que consiste em negações inconscientes ou distorção da realidade. Chamamos essa proteção de mecanismos de defesas, simplificando, poderíamos dizer que os mecanismos fazem com que o indivíduo possua algumas anormalidades para preservação de seu ego.
Os mais comuns transtornos associados à ansiedade descritos na Classificação Internacional de Doenças (CID-10) que atendo em meu consultório são:
Transtorno do pânico, Agorafobia (medo de locais onde há multidão pelo fato de pensar não poder sair ), Fobia sociais (medo da humilhação no contexto social, sente-se exposto a julgamento e avaliação de outrem), Fobias específicas (as simples fobias: medo de objetos ou situações). Transtorno de Ansiedade generalizada (TAG) (Sem situação especifica), Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC) (ideias obsessivas ou comportamentos compulsivos).
Cada caso um destes casos são tratado de forma diferente, e com um acompanhamento psiquiátrico, pois remete a um tipo distinto da origem da ansiedade, por isso, não existe uma receita pronta.




Referência
1.Organização Mundial de Saúde (2008) Classificação Internacional de Doenças 10a edição. http://
2. Zimmerman, 1994,
3. DSM-IV, 1994,
4. transtorno de personalidade dependente
  - http://www.mentalhealth.com/home/dx/dependentpersonality.html
5. Ansiedade , FREEMAN, Daniel
6. Fobia e Panico, TRINCA, Walter
7. Psicoterapia de Orientacao Analitica, ELZIREK,Claudio L.
8. Psicoterapia e Semiologia dos Transtonos  Mentais, DALGALARRONDO, Paulo
9. Manual de Tecnica Psicanalitica,  Zimmerman
10. Psicologia, DAVID G.MYERS

       
 José Valter Rodrigues Lima

Psicanalísta Clínico e Mestre em Psicanálise Aplicada  à Educação e Saúde






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