O medo da autoridade externa corresponde ao
medo que os filhos sentem do pai. A renúncia que realizam se converte em fonte
de consciência direcionada para o nascimento do homem racional. Mas quando se
trata do medo do superego, que é uma autoridade interna, apenas a renúncia não
é suficiente, pois o desejo continua vivo e não pode ser escondido do superego.
Ou seja, essa renúncia é incapaz de libertar do sentimento de culpa que persiste
que é consequência do desejo proibido, tornado- se fonte permanente de
sofrimento.
"Conhecemos assim as duas origens
do sentimento de culpa; uma que surge do medo da autoridade, e outra,
posterior, que surge do medo do superego. A primeira insiste numa renúncia às
satisfação instintiva; a segunda, ao mesmo tempo em que faz isso, exige
punição, uma vez que a continuação dos desejos proibidos não pode ser escondido
do superego" Freud, S , p.179
1. A culpa e o seu passado
A culpa não
é apenas uma preocupação com o passado; é a imobilização do momento presente em função de um acontecimento passado. E o
grau de imobilização
pode ir de um ligeiro aborrecimento a uma severa depressão.
Se você está apenas
aprendendo com o seu passado e jurando evitar a repetição do mesmo comportamento específico, não se trata de culpa. Você sente
culpa somente quando é impedido de agir, no momento presente,
em resultado de ter, anteriormente, se comportado de determinada maneira.
Aprender com os próprios
erros e uma atitude sadia e uma parte necessária do desenvolvimento. A culpa é doentia porque nela você está usando,
erradamente, a sua energia para se sentir agora ferido, aborrecido e deprimido
por um acontecimento que já é histórico. E é fútil, da mesma maneira que é doentia. Não há culpa
que seja capaz de desfazer coisa alguma.
2. As origens da culpa
Há dois caminhos básicos pelos quais a culpa torna-se
parte da bagagem emocional do indivíduo. No primeiro, ela é aprendida
na primeira idade e permanece com o adulto como resíduo da reação infantil. No segundo, a culpa é auto-imposta pelo adulto por uma infração de um código que ele segue.
2.1 - A culpa
residual
É a reação emocional se carrega com más lembranças
da infância. Existem numerosas situações que podem gerá-la, e embora funcionem para produzir resultado nas crianças, as pessoas continuam carregando-as
como adulto. Alguns desses resíduos
envolvem advertência,
tais como: " Papai não
gosta mais de você se fizer isso outra vez";
"Você deveria sentir-se envergonhado";
"Oh, está bem. Afinal sou apenas sua mãe". Quando adulto, os
subentendidos por trás
destas frases ainda pode ferir, se uma pessoa decepciona seu patrão, ou outro que tenha transformado em pais. A persistente
tentativa de ganhar-lhes o apoio está presente,
do mesmo modo que a culpa, quando os esforços não
são bem-sucedidos.
A culpa residual também aparece no sexo e no casamento, e pode ser encontrada nas
numerosas autos-censuras e desculpas pelo comportamento anterior. Essas reações de culpa se manifestam como
resultado de se ter aprendido, na infância, a ser manipulado pelos adultos, mas ainda podem
operar quando a criança
cresce.
2.3 - A culpa
auto-imposta
A outra reação
de culpa aparece quando ela é auto-imposta. Nesse caso, o indivíduo está sendo
imobilizado por coisas que fez recentemente, mas que não se vinculam, necessariamente, à sua vida de criança. Essa culpa é imposta ao seu eu quando uma regra
adulta , ou um código
moral , é quebrado. O indivíduo pode sentir-se mal por longo
tempo, muito embora seu sofrimento nada possa fazer para alterar o que
aconteceu. Exemplo típicos
de culpa autoimposta incluem falar
asperamente com alguém
e odiar-se por isso, ou esgotar-se emocionalmente, no presente, em razão de algum ato como ter roubado uma
loja, não frequentar a igreja ou ter dito a
coisa errada no passado.
Assim, você pode considerar todas as suas sensações de culpa ou como reações residuais a padrões impostos, nos quais você ainda tenta agradar a uma autoridade
ausente,ou como resultado de tentar viver de acordo com padrões autoimpostos, que realmente não aceita, mas que por alguma razão finge aceitar.
Em qualquer dos casos citados, é um comportamento estupido e, mais Importante, sem qualquer utilidade. Você pode ficar sentado o resto da vida,
lamentando-se sobre o quanto foi mau, sentindo-se culpado até morrer, e nem um minúsculo fragmento dessa culpa irá contribuir de maneira nenhuma para
corrigir esse antigo comportamento. Está acabado!
Sua culpa é uma tentativa de mudar a história, de fazer com que ela não seja como é. Mas a história é assim
e você nada pôde fazer a respeito.
3. Produtores de culpa
3.1 - Culpas que os pais estimulam em criança de todas as idades
Manipulação
da Criança para executar uma tarefa por meio,da
culpa:
" Pedriho1, vá lavar
o caro! Se apresse que eu e seu pai vamos a igreja, e faltam pouco tempo para sairmos.
Fulano responde, tá bem mamãe, em um minuto, estou terminando de ver o jogo, no
intervalo irei! Sinal de culpa transmitido pela genitora depois de alguns
minutos que Pedrinho1 não atendeu - pode deixar Pedrinho1, seu
pai faz isso...mesmo com com as dores nas costas quer ele está, sentindo. Fique vendo seu jogo e
divirta-se. Pedrinho, imagina que o pai depois da lavagem do carro não irá mais
a igreja pois as dores ficarão
insuportável! E ele se sentirá responsável. Não
estamos dizendo que a atitude do padrinho está certo!
Estamos mostrando que a mentalidade do " eu me sacrifico por você" é extremamente
eficaz como produtora de culpa. Nesta mentalidade, o pai ou a mãe pode recordar toda as duras ocasiões em que abriu mão da felicidade para que o filho
pudesse ter determinada coisa.
E você, naturalmente, se pergunta como pode
ser tão egoísta, depois que lhe lembraram de todas as suas dívidas. As referências às do parto são um exemplo dessa atitude produtora de culpa. Vejam!
" suportei 18 horas de dores só para
trazer você ao mundo". Outra afirmação muito corriqueira é: " permaneci casada com o seu
pai por sua causa". Uma afirmação como esta faz qualquer criança a se sentir culpado pelo mau
casamento da mãe.
A culpa é um método eficiente para a manipulação das ações dos filhos pelo país. Vejam outra expressão muito usada: " Está bem.
Vamos ficar aqui sozinhos, como sempre fizeram. Não se preocupem conosco". Afirmações com esta faz o filho telefonar ou
visitá-los com mais frequência!
3.2 - Culpa e o cônjuges
A culpa do "Se você me
amasse" representa um meio de manipular um cônjuge. Esta tática é particularmente utilizada quando se
quer punir o parceiro. As vezes o parceiro pensa que o amor depende de certo
tipo de comportamento. Sempre que uma pessoa não corresponde ao desejado, a culpa pode ser usada para trazê-la de volta à posição certa. Ela tem que ser culpada por não ter amado o outro. O rancor, os longos silêncios e os olhares magoado são também métodos.
Vejam estas palavras: " não
quero falar com você"
ou não se aproxime de mim, como espera que
seja carinhosa(o) depois que você fez?".
Outra tática, é o
cônjuge citar incidente passado para fazê-lo sentir culpado no momento
presente! " Mas não
se esqueça do que você fez em 1950", ou, como eu poderia
acreditar em você , se uma vez você fez isso, aquilo e etc?. Desta maneiro
um dos parceiros pode manipular o presente do outro com referência ao passado.
É frequente,
anos depois de um incidente, uma atitude pode ser passado em riste para ajudar
a outra pessoa se sentir culpado no momento presente. Desta maneira, um dos
parceiros pode pode manipular o presente do outro com referências ao passado.
3.3 - Culpa e filhos
A imposição de culpa também pode ser inspirada pelos filhos. O
jogo de culpa pode ser invertido a culpa pode ser de mão dupla e as crianças são
capazes de usá-la
na manipulação de seus pais.
Se uma criança percebe que o pai ou mãe não
pode vê - la infeliz e se sentirá culpada de ser um mau pai ou uma má mãe, ela - a criança - tentará usar esta essa culpa para manipular o
genitor(a). Um acesso de raiva no supermercado ou no shopping pode produzir o
doce desejado. Vejam as expressões
mais usuais: " os pais de Pedrinho deixa ela fazer isso" - portanto o
pai de Pedrinho é bom e você não é.
" Você não gosta de mim. Se gostasse não fazia isso comigo". A culpa não só é inspirada, quando o filho é criança, já adulto é frequente
os pais ouvir a seguinte expressão: Os pais de João, deu um apartamento para ele quando ele noivou! Eita Pai porrete!
Estas afirmativas carregam a
mensagem de culpa e o que ele querem dizer é o
seguinte: "Você como pai e mãe, deveriam se sentir culpados por
tratar seus filhos dessa maneira." É claro
que as crianças
aprende esse comportamento gerador de culpa observando adultos os adultos
usarem-no para conseguir o que querem. A culpa não é comportamento que nós nascemos com ela, não é natural!
É uma reação emocional aprendida, são padrões
doentio herdado, que só pode ser usada se aviriam mostra ao explorador
que é vulnerável. As crianças sabem quando você é suscetível. Se constantemente lhe lembram as coisas que você fez, ou que não fez, com o propósito de obterem aquilo que desejam,
então é porque
aprenderam o truque da culpa. PODE ter aprendido em algum lugar ou com você mesma.
3.4 - Culpa e escola.
Os professores também são
geradores de culpa e as crianças,
uma vez que são
extremamente sugestionável,
excelentes objetos de manipulação,
vejam algumas das muitas expressões de mensagem de culpa que produzem muita angústia nos jovens:
" sua mãe vai ficar desapontada com você" . Você deveria se envergonhar dessa nota - um
menino inteligente como você."
"Como pode magoar seus pais dessa maneira, depois de tudo que eles fizeram
por você?"
Não
se esqueça, mesmo depois de adulto, você é produto destas escolas.
3. 5 - Culpa e religião ( igreja)
A religião
é frequentemente usada para produzir
culpa é, portanto comportamento manipulado.
aqui geralmente foi foi Deus quem você decepcionou
e em alguns casos a mensagem é no sentido de que você não vai para o céu por ter se comportado mal. Vejam algumas expressões, mais frequente:
" se amasse a Deus, não se comportaria dessa forma" . " você de se sentir mal por não ir a igreja todos o domingos, se
sofrer bastante, talvez Deus a perdoe". " a igreja está precisando de trabalhador, vejam o que
diz a parábola
dos talentos". A igreja prega o não pode!
4 - Como mudar?
Você pode começar a mudar de atitude sobre as coisas
em relação às quais sente culpa. Nossa cultura tem muitos traços de puritanismo que enviam mensagens
como: " Se é divertido, espera-se que você se sinta culpado por fazer".
Muitas das reações
de culpa autoimpostas podem ter suas origens nesse tipo de raciocínio. Talvez você tenha aprendido que não deve satisfazer seus desejos, nem
achar graça
numa piada imoral, ou não,deve
ter determinado comportamento sexual. Embora as mensagem repressiva seja
onipresente em nossa cultura, a culpa por se sentir gratificado é puramente autoinfligida. Você pode aprender a saborear o prazer sem
um sentimento de culpa. Pode aprender a ver a si mesmo como alguém que é capaz
de fazer algo que se enquadre em seu próprio sistema de valores e que não prejudique os outros - e fazer isso
sem culpas. Se você faz algo, seja lá o que for, e não gosta de fato em si, ou de você por tê-lo feito, pode jurar que eliminará tal comportamento voluntariamente, no
futuro. Mas experimentar uma sentença de culpa autoimposta
é uma viagem neurótica que não precisa fazer é se persistir pode transformar em
problema patológico.
A culpa não
ajuda. Não só mantém você imobilizado
mas também estimula as oportunidades de que
venha a repetir o comportamento indesejável. A culpa pode ser a sua própria recompensa, bem como a permissão para repetir o comportamento.
Enquanto você guardar a justificativa potencial de
absolver-se através
da culpa, será capaz de manter-se nessa roda viciosa
que não conduz a parte alguma, salvo a
infelicidade presente.
Depois do perdão e Deus, o pecador não precisa mais sentir-se culpado do pecado confessado, nem
precisa confessar outras vez o mesmo pecado,. Nova confissão e novo perdão serão necessários
ele comenter outra vez aquele pecado ou outro qualquer.
Meu querido leitor, Deus não brinca com o pecador, se este faz, de fato, a parte que
lhe cabe( a confissão),
Deus certamente faz a parte dele( conceder perdão), pois é promessa. Tt. 1.2 " se
confessarmos os nossos pecados, ele é fiel
e justo para perdoar......".
Referências
bibliográficas
Freud,
S. Obras psicológicas completas de Freud, tradução Jaime Salomão, Editora
Standart brasileira, imago, Rio de Janeiro, 1996.
Freud,
S. Além do princípio de o prazer, Editora Standart brasileira, imago, Rio de
Janeiro, 1996.
Freud,
S. O ego e o Ide, tradução Jaime Salomão, Editora Standart
brasileira, imago, Rio de Janeiro, 1996.
Freud,
S. Psicologia de grupo e análise do ego, Tradução Jaime Salomao Editora Standart brasileira, imago, Rio de
Janeiro, 1996.
Freud,
S. O mal estar da civilização, tradução Jaime Salomão,
Editora Standart brasileira, imago, Rio de Janeiro, 1996
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