sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

FAMILIARES COM RELACIONAMENTO CONFLITANTES?


Você não precisa conviver com pessoas conflitantes só porque compartilham do mesmo sobrenome e genética.

Vamos começar deixando uma coisa bem clara: nãé porque é “da família” que alguém não possa prejudicá-lo. O termo família” é, antes de mais nada, uma construção social. A questão do apego afetivo e dos laços sanguíneos, bem como os hábitos tradicionais de uma família não podem ser usados como justificativas quando há situações de conflitos dentro do próprio sistema familiar. É preciso saber a hora de sair e criar a famosa distância saudável, mantendo-se equilibrado. Você não precisa conviver com familiares tóxicos só porque compartilham do mesmo sobrenome e genética. Abrir mão dessas convenções sociais é o primeiro passo para se libertar e se sentir mais leve em relação a alguns familiares.


Acompanhe 5 sinais para ajudá-lo a enxergar se um membro da família está lhe fazendo mal:


1. Sem reciprocidade

Uma relação saudável é boa para ambos os lados. Você dá afeto e recebe afeto: é uma troca. Quando não há reciprocidade, quando somente você oferece carinho, colo, atenção, alguma coisa não está legal. Quando as iniciativas partem todas de você e não há retorno, pode ser que a relação só se desenvolva realmente por questão de puro interesse e egoísmo.

2. Drama e vitimismo

Nada está realmente bom. Tudo que você faz é motivo para uma encenação, para um drama sem motivo concreto. O vitimismo excessivo é caracterizado por mania de controle: tornando-se vítima, agindo como se tudo e todos estivessem contra ela, a pessoa dramática atrai os olhares para si e mantém os demais reféns” de suas lamúrias.

3. Cansaço extremo

Se após algumas horas de convivência ao redor da pessoa você se sentir estranhamente cansado, preste atenção: o mais certo é que você tenha sido contaminado com as frequências vibracionais negativas do outro. Uma pessoa conflitante vai despejar as questões dela sobre vocêàs vezes, até inconscientemente, mas cabe a você impor limites e perceber quando o cansaço e o desânimo tomaram conta.

4. Nas horas boas sim, mas nas ruins

Um clássico. Na hora boa todo mundo está junto, todo mundo se desculpa, todo mundo aparentemente se respeita. A abundância nas festividades, por exemplo, mascara os momentos de tensão. Familiares conflitantes chegam até você quando tudo vai bem, mas conte nos dedos: quantos realmente te estenderam a mão quando você estava na pior?

5. Excesso de culpa

Familiares conflitantes farão com que você sinta culpa. Quase o tempo todo. Culpa por ter preferido almoçar sozinho, culpa por não ter ligado para fulano, culpa por não ter dado uma passadinha na casa daquele parente e por aí vai. Amor não combina com obrigação. Mas a culpa gerada pelo excesso de zelo e, novamente, mania de controle se sobrepõem e você acaba realizando algo que não queria muito para satisfazer o desejo do outro.

Fique atento se identificou um dos sinais acima. Procure tomar consciência da situação. Há muitos outros indícios de que você pode ter na sua família uma pessoa tóxica, mas estes são os que costumamos notar primeiro. Pessoas tóxicas têm alto poder de persuasão e o conseguem através do medo, do ego e da chantagem emocional. Às vezes, fica difícil separar os sentimentos confusos que surgem, principalmente se estes estão relacionados a nossos pais, considerados figuras sagradas no cerco familiar. Não importa qual o papel que esta pessoa desempenhe na sua família: se notar um desconforto, confie na sua intuição e afaste-se gradualmente. Esse afastamento nãé o mesmo que dar um sumiço, até porque na maioria das vezes não temos como fazer isso. Busque então a autopreservação.

Mas como? Simples: não entre no drama alheio. Ouça com atenção, mas não pegue para você. Não se deixe envolver. Diminua os encontros. Deixe a pessoa falar, mas não absorva. Vale a pena lembrar: nós sempre temos escolha. Escolha não se machucar.
Saiba que que sua família pode ser quem você quiser. Há amigos mais unidos do que irmãos. Há mães que competem com as filhas, há pais que não ligam de verdade para os filhos, há de tudo um pouco.

A vida familiar não cabe numa caixa, não cabe em padrões. Ilusãé achar que pai e mãe detêm amor incondicional e são donos absolutos da verdade e exemplos de santidade, que não são apenas seres humanos, com todas as limitações, sombras e dificuldades que isso implica. Saia da ilusão, pelo seu próprio bem. Desapegue-se. E se a dor for demais, nunca é tarde para construir sua própria família: aquela formada por pessoas do bem, que o querem bem, que vibram com as suas conquistas, que torcem por você e o seguram nos momentos de pouca fé. Mantenha-se ao lado dessas pessoas queridas que você mesmo escolheu, e descobrirá que amar e ser amado não precisa ser algo tão difícil.

Ninguém merece viver em um ambiente emocionalmente conflitante; sair dele nãé somente necessário, é absolutamente vital. Você conseguirá? 

Não nos enganemos: a família é um dos palcos mais comuns nos quais se desenrolam as relações tóxicas. Talvez seja ainda mais difícil do que em outros contextos, porque essas relações não podem ser desfeitas. É bem mais fácil pôr um ponto final à relação com o seu parceiro ou com seu amigo do que o fazer com a sua sogra, seu irmão, seus filhos, seus pais
A verdade é que a família nos é imposta e não podemos escolhê-la, o que requer que nos adaptemos a isso. Temos que aceitar o fato de que, ainda que sejamos pessoas independentes e plurais, há certas normas às quais estamos sujeitos devido ao nosso papel dentro do núcleo familiar.

Na realidade, quanto mais relevante for para a unidade familiar a posição que os membros das relações tóxicas ocupam, mais difícil será sair da situação ou fazer frente a este tipo de relação.
De qualquer forma há dois tipos de famílias: as rígidas e as flexíveis. É nas primeiras que costumamos ver as relações tóxicas, fruto do uso intenso e irracional do poder. O fato de que alguém abuse de seu poder implica em grande dificuldade na hora de nos relacionarmos; tal pessoa não permite que expressemos com liberdade os nossos sentimentos e opiniões. Estes são os vampiros emocionais.
A maior parte de nós tem sofrido imposição, inveja ou o descaso de alguém que, a princípio, não deveria nos causar dano de forma deliberada. É óbvio que o mais provável seja que não possamos romper essa relação, pois um vínculo familiar não se desfaz de forma tão fácil, mas a verdade é que há vezes que as relações se recrudescem a tal ponto que não nos resta outro remédio a não ser colocar um fim nela.

Segundo aponta Laura Rojas Marcos, a maioria dos conflitos são originados pelas lutas de poder, o sentimento de direito e a falta de limites. Então, frente a um irmão, uma sogra, um primo, que nos joga na cara algo ou nos prejudica com seus atos, como devemos agir?

  • Colocar-se no lugar do outro: a empatia

Isto não significa que devamos nos submeter a seus desejos e tenhamos que ceder quando não quisermos fazer algo, mas implica em manter uma certa disposição para ouvir e considerar o que o outro tem a nos dizer.
É importante que nos preparemos para aceitar a possibilidade de não chegarmos a um acordo sobre o que nos pedem. Neste caso, deverá existir um pacto de respeito ao desacordo para facilitar a convivência. Isto é: você quer algo que nãé compatível com o que eu desejo, aceitemos isto e sigamos em frente.

  • Respeitar a intimidade, o espaço e o tempo da cada relação

Neste sentido devemos aceitar que o Não” é a resposta e teremos que conseguir tolerar a frustração. Costuma-se dizer que onde há confiança há desgosto, mas isto é algo que não podemos permitir. O excesso de confiança e de intromissão dá lugar aos maiores conflitos familiares conhecidos.
Como aponta Rojas Marcos, nas relações familiares faz-se coisas nas quais não existe acordo. Se, na casa de um filho, ou dos pais  entrarmos sem avisar ou telefonam a qualquer hora, temos que estar preparados para receber uma resposta que pode não ser a que esperávamos. MUITOS PAIS, por não saber dar limites aos filhos após este ter constituído família, entendem, erradamente, que podem fazer o mesmo com os filhos. Por OUTRO LADO, os filhos mantem os hábitos de solteiros acham que os pais devem servi-los como se eles fossem solteiros
e não respeitam os horários  e espaços dos pais. Isso serve para determinar e marcar os limites da relação.
 

Ser respeitoso e manter a educação

Na hora de cuidar de qualquer relação, é importantíssimo que não digamos a primeira coisa que nos vem à mente e que a passemos pelo filtro da educação e do respeito.
É provável que grande parte das pessoas tenha um familiar próximo que pensa que pode dizer tudo o que quer e acha que suas percepções e opiniões estão acima das de qualquer outra pessoa.
Isso pode criar muitos conflitos, motivo pelo qual é importante que tomemos uma certa distância das situações e coloquemos limites de forma calma, respondendo que o que outro nos diz está causando uma dor emocional. É importante lutarmos para não perder terreno frente a esta questão.

  • Ser assertivo e utilizar as palavras mágicas

É provável que você não queira poder, que só queira ser livre para agir e se expressar, e que essa pessoa seja um grande obstáculo para que você consiga isto. É tão simples quanto manifestar um não posso, um não quero, um não estou de acordoÉ importante se sentir seguro e fazer uso dessa capacidade de escolha.

Além disso, as palavras que mais abrem portas sãpor favor” obrigado. Ainda que estejamos em família, elas seguem sendo de grande importância. Expressarmos consideração e amabilidade demonstra respeito pelo tempo e pelo esforço diante de um pedido ou um favor.

  • Ser paciente

Ser impaciente faz com que sejamos mais impulsivos e, portanto,que não reflitamos a respeito de nossas decisões. A capacidade de esperar e de pensar antes de agir é um dos princípios mais importantes que devem guiar as nossas relações, em especial as relações familiares.
Pode ser que não possamos solucionar as dificuldades que acompanham uma esgotadora relação familiar conflitanteÀs vezes, torna-se inevitável tomar uma decisão com consequências que podem ser verdadeiramente nefastas para o núcleo familiar.
Os vampiros emocionais e predadores existem em todas as famílias e em todos os contextos; o importante é que saibamos identificá-los e nos proteger deles, assim como não nos deixar guiar pela intensidade das emoções passageiras como o aborrecimento. Antes de mais nada, mantenha a sensatez e leve em conta que temos um limite mental e físico que não convém a ninguém ultrapassar.